sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A necessidade de reflexão contínua do Educador

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo, nem ensino”. Paulo Freire

O que esperar dos alunos?

Se só de olhar você já deduz que este ou aquele aluno não vai aprender, pode apostar: ele não vai mesmo. Para evitar que a profecia se realize, é preciso superar essa primeira impressão. E acreditar que todos podem ter sucesso.
Suponha que você se inscreveu em um curso de dança. Na primeira aula, o professor ensina os passos básicos e você, que anda com o esqueleto enferrujado, não tem um desempenho dos melhores. Ele percebe sua dificuldade e faz aquela cara de quem diz: "Você não leva o menor jeito". Nas aulas seguintes, o professor não lhe dá muita atenção nem se empenha nas explicações. Mas não poupa elogios aos que parecem ter nascido para dançar. Como você se sentiria em uma situação como essa? Provavelmente se julgaria um fiasco, sairia do curso ou desistiria de dançar.Agora, tente imaginar o peso dessa situação nos ombros de seus alunos, sejam eles crianças ou adolescentes. Desanimador, não? Esse pré-julgamento do professor, que leva muitas vezes ao fracasso dos estudantes, provoca sérias conseqüências. É verdade.A forma como o aluno é visto e tratado por quem deve ensiná-lo pode virar uma bola de neve. Ao acreditar que a criança é incapaz, o professor provoca nela uma adaptação às baixas expectativas. Feito isso, o aluno realmente não aprende. Para que todos tenham a mesma oportunidade de se desenvolver na escola, é essencial refletir sobre a sua postura diante da turma. Depois, convencer-se de que todos são capazes de avançar. Assim, você não só combate o fracasso escolar mas evita que talentos sejam desperdiçados.Reconhecer preconceitos é o começo. O preconceito nada mais é que um conceito antecipado sobre algo.O retrato do aluno vem da avaliação. Além dos aspectos físicos, as atitudes da garotada também estimulam os professores a formar opiniões deturpadas. Crianças e jovens manifestam comportamentos que, sem dúvida, refletem um pouco de sua personalidade, mas que de forma alguma determinam suas capacidades cognitivas.