sábado, 19 de junho de 2010

Na lua ou na tomada


Em todo o mundo, perto de 5% das crianças sofrem de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que acomete dois meninos para cada menina e impacta na maneira pela qual os portadores pensam, agem e são vistos por familiares e pela escola.
Imagine duas crianças de idade semelhante. Enquanto uma já repetiu o ano escolar duas vezes, corre de um lado para o outro, escala móveis, atropela as pessoas, bate na irmãzinha, mostra a língua para quem a olha de cara feia e maltrata o cachorro, a outra é calma, não tem problemas na escola, vive suspirando, distraída e sonhando acordada.
Quem você diria que é o portador de Transtorno de Déficit de Atenção e Hipera­­­­tivi­­­dade (TDAH)? Pois acertou quem apostou nas duas. Ambas têm sintomas que podem caracterizar o transtorno.
Desatenção, impulsividade e hiperatividade são os sintomas mais característicos do TDAH, relatados desde o século 19. Mas foi somente na década de 80 que as crianças passaram a ser diagnosticadas com esse transtorno específico, decorrente de anomalias que interferem na produção dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina no cérebro. Pouco a pouco, o termo se disseminou e hoje é comum chamar qualquer criança agitada de hiperativa.
Adriana Czelusniak

Será que é TDAH?
Confira os sintomas comuns do transtorno, divididos em desatenção, hiperatividade e impulsividade:
Desatenção
- Não consegue prestar muita atenção em detalhes ou comete erros por descuido.
- Tem dificuldade em manter a atenção no trabalho ou no lazer.
- Não ouve quando abordado diretamente.
- Não consegue terminar as tarefas escolares, os afazeres domésticos ou deveres do trabalho.
- Tem dificuldade em organizar atividades.
- Evita tarefas que exijam um esforço mental prolongado.
- Perde coisas.
- Distrai-se facilmente.
- É esquecido.
Hiperatividade
- Batuca com os dedos ou se contorce na cadeira.
- Sai do lugar quando se espera que permaneça sentado.
- Corre de um lado para o outro ou escala móveis em situações inadequadas.
- Não brinca em silêncio.
- Age como se fosse “movido à pilha” e fala em excesso.
Impulsividade
- Responde antes que a pergunta seja feita.
- Tem dificuldade de esperar sua vez.
- Interrompe a fala dos outros ou se intromete.


Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais.

domingo, 6 de junho de 2010

Uma pedagogia para fundamentar a Educação


Os seres humanos nascemos INCONCLUSOS, INACABADOS,como nos lembra Paulo Freire[...]. Ele faz dessa idéia a base de sua proposta pedagógica. E afirma que a nossa vocação é SER CADA VEZ MAIS HUMANOS.Vamos nos tornando HUMANOS ou nos desumanizando no decorrer de nossa vida, de acordo com as experiências que tivemos, com as condições que construímos para a nossa vida pessoas e a vida da coletividade. Por isso, devemos nos EDUCAR AO LONGO DA VIDA. Atividades culturais para o desenvolvimento da cultura realizadas na acão coletiva dos sujeitos da educação( praxis pedagógica) sobre as contradições, conflitos, ambiguidades e possibilidades das realidades sociais(econômicas e ideológicas) na busca da construção do ser mais do humano(p.360).
[...] "Ao nos denominarmos de SERES HUMANOS, entre diferentes nomes que demos aos outros animais(gato, cachorro, vaca, cabra, etc) passamos a criar uma ideologia sobre nossa HUMANIDADE(P.364).[...]HUMANIDADE não é apenas o nome que damos ao conjunto dos seres humanos que habita no planeta TERRA. Entendemos HUMANIDADE como a maneira própria de existir desse animal chamado SER HUMANO, ou , simplismente, homem. É O JEITO PRÓPRIO DE SER GENTE! tornar-nos HUMANOS é a finalidade de nossa EXISTÊNCIA. humanos, independentes do sexo e do gênero, a cor, da religião ou idade. IGUAIS NAS NOSSAS DIFERENÇAS: pessoa-indivíduo! (p.365)".
[...] Torna-se menos difícil a construção de nossa humanidade se cultivarmos os valores da solidariedade, da cooperação, do amor e da amizade, do respeito as diferenças, do diálogo, das relações democráticas e de justriça"(p.367).

(SOUZA, João Francisco. E a educação popular,2007)