domingo, 20 de fevereiro de 2011

Música

Estudo Errado
Gabriel O PensadorComposição: Gabriel, O Pensador

Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)Não.
De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação- Ué não te ensinaram?- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:Manhê!
Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição

Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom

Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato

Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente

E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste-

O que é corrupção?
Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita

Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!"
Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)Não.
A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam(Esse num é o valor que um aluno merecia!)Íííh... Sujô (Hein?)O inspetor!(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada
Refrão
Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim vocês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...
Juquinha você tá falando demais assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!
Mas é só a verdade professora!
Eu sei, mas colabora se não eu perco o meu emprego
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Alunos repetentes não apresentam melhora no aprendizado, diz pesquisa

Os estudantes que repetiram tiveram notas menores que os não repetentes; outra constatação é que os meninos são maioria entre os repetentes
A Universidade Federal de Minas Gerais fez uma pesquisa para avaliar o impacto da repetência na vida escolar da criança. A conclusão foi que os estudantes que repetiram tiveram notas menores que os não repetentes, ou seja, não apresentaram melhora no aprendizado. Em Minas Gerais, os estudantes são avaliados por um exame que é o Programa de Alfabetização da Secretaria de Educação do estado (Proalfa).Os pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) utilizaram esta nota para fazer o estudo. São alunos das escolas municipais e de estaduais que tiveram repetência por algum motivo.A pesquisa analisou os testes de 41 mil alunos que fizeram a prova do Proalfa em 2009 e que apresentaram baixo desempenho no ano anterior. Comparando os exames de 2008 e 2009, percebeu-se que a nota do não repetente cresceu 28,49% e do repetente cresceu menos, 24,99% nas escolas estaduais. Nas municipais, a diferença entre os repetentes e não repetentes foi pequena. Outra constatação é que os meninos são maioria entre os repetentes.A diretora centro pedagógico da UFMG, Tânia Lima Costa, diretora centro pedagógico da UFMG, disse que não concorda com o modelo de repetência."Não concordamos com esse modelo de repetência. O Ensino Fundamental tem que ser visto como um grande ciclo. As dificuldades dos alunos têm que ser identificadas e trabalhadas no dia a dia. Se um aluno ficar retido, temos que desenvolver estratégias para que o aluno consiga acompanhar a turma dele em outro momento. O professor tem que fazer atividades para receber esse aluno e fazer com que ele acredite que é capaz de aprender. Se você tem um aluno motivado e um professor com planos bem feitos e foco na aprendizagem, além da família acompanhando, não teremos mais dificuldade”.
Redação G1 pe360graus em 18/02/2011

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A necessidade de reflexão contínua do Educador

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo, nem ensino”. Paulo Freire

O que esperar dos alunos?

Se só de olhar você já deduz que este ou aquele aluno não vai aprender, pode apostar: ele não vai mesmo. Para evitar que a profecia se realize, é preciso superar essa primeira impressão. E acreditar que todos podem ter sucesso.
Suponha que você se inscreveu em um curso de dança. Na primeira aula, o professor ensina os passos básicos e você, que anda com o esqueleto enferrujado, não tem um desempenho dos melhores. Ele percebe sua dificuldade e faz aquela cara de quem diz: "Você não leva o menor jeito". Nas aulas seguintes, o professor não lhe dá muita atenção nem se empenha nas explicações. Mas não poupa elogios aos que parecem ter nascido para dançar. Como você se sentiria em uma situação como essa? Provavelmente se julgaria um fiasco, sairia do curso ou desistiria de dançar.Agora, tente imaginar o peso dessa situação nos ombros de seus alunos, sejam eles crianças ou adolescentes. Desanimador, não? Esse pré-julgamento do professor, que leva muitas vezes ao fracasso dos estudantes, provoca sérias conseqüências. É verdade.A forma como o aluno é visto e tratado por quem deve ensiná-lo pode virar uma bola de neve. Ao acreditar que a criança é incapaz, o professor provoca nela uma adaptação às baixas expectativas. Feito isso, o aluno realmente não aprende. Para que todos tenham a mesma oportunidade de se desenvolver na escola, é essencial refletir sobre a sua postura diante da turma. Depois, convencer-se de que todos são capazes de avançar. Assim, você não só combate o fracasso escolar mas evita que talentos sejam desperdiçados.Reconhecer preconceitos é o começo. O preconceito nada mais é que um conceito antecipado sobre algo.O retrato do aluno vem da avaliação. Além dos aspectos físicos, as atitudes da garotada também estimulam os professores a formar opiniões deturpadas. Crianças e jovens manifestam comportamentos que, sem dúvida, refletem um pouco de sua personalidade, mas que de forma alguma determinam suas capacidades cognitivas.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como elaborar um Projeto Pedagógico?

1. Como fazer um projeto? Tema do Projeto – a questão apresentada pelo educador, pode não ser um problema para o aluno, por isso podemos permitir que os alunos definam os temas, que formulem problemas e coloquem o pensamento em funcionamento pela necessidade de entendê-lo melhor e alcançar soluções. • Trabalho em grupo – é enriquecedor, pois cada um poderá contribuir de maneira criativa para realização de um trabalho coletivo (uma rede), de acordo com seu interesse, trocando idéias, discussões, ou melhor um processo de construção de cooperação.
2. Como fazer um projeto? Tema do Projeto definido por: alunos professores comunidade. Explorar uma questão; Definir os problemas; Soluções.
3. Como fazer um projeto? trabalhar em grupos enriquece o trabalho; Contribuição criativa; Troca de idéias e discussões.
4. Projeto: Nome/Título • Justificativa (por que?) • Objetivos (necessidades a alcançar) • Atividades (o que fazer?) • Estratégias (como fazer?) • Acompanhamento (direcionamento) • Avaliação (estímulo).
5. Como fazer um projeto? Acompanhamento do Projeto • Avaliação do processo de desenvolvimento do aluno durante a realização do projeto. • Perguntar. • Contra-argumentar • Orientar sem fornecer soluções.
6. Uso de mídias e tecnologia •internet, jornais, rádio, tv, máquina fotográfica, filmadora etc. •Pastas e sub-pastas; grupos; apresentação; outras ferramentas(power point,word, paint, porta USB, etc.)
7. Outras atividades paralelas: • Show de talentos • Exposição de desenhos •Exposição de fotos •Desfile de modas •Painel de poesia •Jogral •Leitura de textos (Art. da Constituição Federal, Passagens históricas, etc.) •Teatro.
DICAS:- Estar sempre interagindo com os alunos;- Dinamizar ao máximo as atividades;- Avaliar cada tarefa, sem deixar que as atividades se acumulem muito; - Incentivar a participação dos professores e dos alunos em todas as fases do projeto;- Ler sempre sobre o assunto; - Explicar detalhadamente cada atividade; - Se colocar sempre a disposição para eventuais dúvidas; - Acompanhar sistematicamente o desenvolvimento do projeto.

Construtivismo

Inspirado nas idéias do suíço Jean Piaget (1896- 1980), o método procura instigar a curiosidade, já que o aluno é levado a encontrar as respostas a partir de seus próprios conhecimentos e de sua interação com a realidade e com os colegas.
Uma aluna de Piaget, Emilia Ferrero, ampliou a teoria para o campo da leitura e da escrita e concluiu que a criança pode se alfabetizar sozinha, desde que esteja em ambiente que estimule o contato com letras e textos.
O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. A partir de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e construindo as características do mundo.
Noções como proporção, quantidade, causalidade, volume e outras, surgem da própria interação da criança com o meio em que vive. Vão sendo formados esquemas que lhe permitem agir sobre a realidade de um modo muito mais complexo do que podia fazer com seus reflexos iniciais, e sua conduta vai enriquecendo-se constantemente. Assim, constrói um mundo de objetos e de pessoas onde começa a ser capaz de fazer antecipações sobre o que irá acontecer.
O método enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota da aprendizagem. A teoria condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do aluno.As disciplinas estão voltadas para a reflexão e auto-avaliação, portanto a escola não é considerada rígida.
Existem várias escolas utilizando este método. Mais do que uma linha pedagógica, o construtivismo é uma teoria psicológica que busca explicar como se modificam as estratégias de conhecimento do individuo no decorrer de sua vida.

Pensamento

"Não posso continuar sendo humano, se faço desaparecer em mim a esperança"
(Paulo Freire)